Tuesday, September 4, 2007

ONDE FICA A ROMÊNIA?


Diz a lenda que na manhã do dia 10 de junho de 1970, um jogador da seleção brasileira ao encontrar o técnico Zagalo no saguão do elevador, perguntou:

- Contra quem nós vamos jogar hoje?

- Contra a Romênia!! Exclamou o técnico perplexo.

- Romênia?! Onde fica a Romênia? Insistiu o jogador.

Zagalo ficou calado encarando o jogador. Pelé que passava por trás deu uma risada e dando um tapa nas costas do companheiro de partidas disse:

- Romênia não sei bem onde fica, mas hoje a tarde vai ficar na tristeza depois de jogar contra a gente.

E se foi gargalhando para o refeitório do hotel onde estavam hospedados em Guadalajara, México.

Naquele dia o Brasil estava tranquilo e tranquila estava toda a equipe. Depois de duas vitórias a classificação para a fase final já era certa. Mas todos queriam a vitória, pois o time sabia que isto não abalaria a confiança que estavam adquirindo e no mais sempre era bom entrar na próxima fase como primeiro classificado do que segundo. Assim, teóricamente, já entraria em campo contra um time que já havia sofrido derrota e que estava de certa forma mais abalado.

Esta era a filosofia corrente nas bancas de jornais onde as pessoas se ajuntavam para ler e ver as primeiras pãginas dos jornais e ainda passarem alguns minutos discutindo a sorte da seleção na Copa.

Muitos pediam Edu no time, sonhavam em ver um time com dois Jairzinhos”, um pela equerda e outro pela direita. Outros pediam Paulo César no lugar de Rivelino uma vez que tinha mais toque de bola e mais sutileza e poderia dar ao time mais qualidade neste aspecto. Outros ainda pediam Leão no lugar de Felix, ou ainda Ado o goleiro do Corinthians.

Eram muitas as diferentes opiniões , mas quando a Tv sintonizava e o locutor anunciava:

- Ao vivo e a cores diretamente de Guadalajara, México.

As polêmicas cesavam e nas próximas duas horas, praticamente, todos no Brasil viveriam a expectativa, a glória e a emoção da exibição do jogo do Brasil contra a Romênia.

Tudo era euforia. Balões pintados de verde e amarelo, faichas nas ruas e rojões estourando no céu. Começava a partida.

- Apita o árbrito. Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo!!! Lá vai o Brasil com a bola!!! Paulo César é a novidade. O técnico novamente poupou Gerson.

O Brasil começa a partida pressionando a Romênia. Em 25 minutos marca dois gols.

O primeiro numa falta cobrada a dois passos da meia lua da grande área. Pelé tinha sido derrubado por dois jogadores que o marcaram ao mesmo tempo, ele ainda se livrou com a bola mas o juiz apitou a falta. Tostão ajeitou a bola. Pelé que estava atrás deu um pequeno pulo como que ajeitando o passo em direção a bola. Olhou para o goleiro, correu e chutou a direita do arqueiro. A bola resvala na chuteira de um zagueiro romeno mas não desvia a bola de sua rota que entra no canto direito do goleiro que salta em direção a bola com a mão espalmada, mas não a alcança.

- Gol!! Gol!!! Golaço!!! Golaço!!! Pelé!!! Ele, ele!!!! O homem da camisa 10, Pelé, torcida brasileira. Brasil 1 , Romênia 0!!!!

Minutos depois Paulo César tabela com Rivelino e em bela jogada penetra pelo lado esquerdo da grande área da Romênia. Ele passa por um marcador e cruza rasteiro. Jairzinho penetrando na pequena área praticamente toca na bola que estoura na rede do goleiro Adamache.

- Goooooooooooooolllllll!!!!! Jairzinho! Jairzinho!!! O Furação, o peito de aço!!!! Jairzinho!! Jairzinho!!!! Brasil 2 x Romênai 0!!!!!

O Brasil continuava no ataque e envolvia o meio de campo romeno com seu toque de bola. Porém numa jogada linda a Romênia faz seu primeiro gol. Aos 35 minutos, com perfeito domínio da bola Lupescu lança a bola para Dumitrache que no centro da grande área e de costas para o gol brasileiro domina a bola com categoria e a vira para a esquerda, dribla o zagueiro Brito e escapando da marcação de outros dois defensores chuta quase que caindo e na cara do goleiro Félix que nada pode fazer senão ir depois do chute pegar a bola no fundo da rede.

- Gol!! Da Romênia!! Que que é isso minha gente?!! No placar, Brasil 2, agora, Romênia 1!

Para o segundo tempo a Romênia faz alteração substituindo seu goleiro. Havia falhado em algum dos gols? Teria se machucado?

A partida começa e o Brasil procura fazer um gol. Chances são disperdissadas. A torcida feliz com o placar favorável mas vendo o relógio mostrar que ainda havia muito jogo pela frente pede mais gols.

Aos 25 minutos Jairzinho pela direita cruza alto para a pequena área. Tostão mesmo com a pola passando por suas costas, num toque de classe, toca a bola para o alto. A bola sobe e caminha para o peito de Pelé que no outro extremo da pequena área conclui com categoria para o gol.

- Golaço!!! Golaçõ!!! Toque de gênio, gol de craque!!!! Brasil!!! Ele!! Ele!!! Pelé!!Pelé!!!! Brasil 3, Romênia 1!

Com a vantagem Zagalo retira Clodoaldo e coloca Edu no ataque recuando Paulo César. A marcação do meio de campo fica mais fraca e com isto sobrecarrega para Piazza que começava a abandonar a área para cobrir mais o meio de campo.

Explorando esta falha, num ataque pela direita a Romênia cruza a bola na área.

Três jogadores romenos estão na pequena área. Brito, sozinho entre estes atacantes e ainda afastado deles, deixa Félix entregue a sua sorte. O goleiro salta do centro do gol em direção a bola. Mas Adamache sem sair do chão cabeceia para o canto direito do gol. Os romenos correm, se abraçam e voltam correndo para o meio de campo. Começam a acreditar na possibilidade de um empate que os favoreceria.

Mas foi como Pelé disse. A Romênia ficou na tristeza quando o juiz apitou o fim da partida, e ainda, com dois gols do Rei, daquele que nesta copa assinaria um dos capitulos mais lindos de todas as Copas.

FICHA TÉCNICA:

Brasil 3 x Romênia 2
Data:10.junho.1970
Local:Estadio Jalisco em Guadalajara
Juiz:Ferdinand Marshall(Austria)
Gols:Pelé. Jairzinho. Dumitrache no primeiro tempo.
Pelé. Dembrowski no segundo tempo
BRASIL:Felix. Carlos Alberto. Brito. Wilson Piazza e Everaldo (Marco Antonio). Clodoaldo (Edu). Paulo Cesar. Jairzinho. Tostão. Pelé e Rivelino.
ROMENIA:Adamache (Raducanu). Satmareanu. Lupescu. Dinu. Mocanu. Dumitru. Nunweiler. Dembrowski. Neagu. Dumitrache (Tataru) e Lucescu.

Monday, August 13, 2007

NA TARDE QUENTE A FRIEZA CALCULADA DOS GÊNIOS


O dia era 07/07/70. Tarde quente na cidade mexicana de Guadalajara. No Brasil a expectativa da partida do Brasil contra a Inglaterra era grande e apesar da boa estréia todos temiam o Leão Inglês campeão da Copa de 66 chegara ao México como favorita.

A Inglaterra vinha de uma vitória pequena contra a Romênia, 1x0, mas sabia-se que o time inglês não era um time goleador. Pelo contrário tinha na defesa sua melhor arma. O goleiro Banks, o líbero Bobby Moore e o meia atacante Bobby Charlton eram os craques do time.

O Brasil entrou em campo sem Gerson. Zagalo em seu lugar colocou Rivelino e na ponta esquerda onde muitos queriam Edu o técnico escalou Paulo Cesar. A Inglaterra todo de branco entrava em campo com o esquadrão completo. Na TV o Brasil ocupava o lado esquerdo do campo.

Cautela era o que se via nos primeiros minutos. Pelé seguro, aos 29 anos de idade pegava na bola e Bobby Moore o cercava juntamente com Cooper e Mullery. Três marcavam Pelé por zona. Meio de campo truncado o Brasil penava em achar espaços para tocar a bola. O Brasil se ressentia da mobilidade de Gerson. Clodoaldo e Rivelino não se articulavam bem.

- Que sufoco torcida brasileria. 10 Minutos do primeiro tempo. 0 a 0 e nada parece que vai mudar!!! A Inglaterra fecha o meio de campo, sufoca o nosso Brasil!!!

Pela direita Peters cruza para dentro da pequena área. A bola desvia no ar e quase engana o goleiro Felix passando à um metro da trave direita. A torcida inglêsa urra e a o Brasil inteiro se aquieta.

Minutos depois novamente Peters pela direita fora da área dá um chute violento mas o goleiro Felix agarra tranquilo.

- Felix! Felix! Agarra o goleiro!! Tranquilidade na defesa brasileira.

Aos 30 minutos o Brasil acorda e Jairzinho fura a marcação chega na linha de fundo e cruza a bola sobre a área pequena. Na extremidade esquerda da pequena área Pelé ergue-se no ar e cabeceia a bola para o chão. Banks num salto rápido e direto ao chão toca na bola que picana na linha de gol. A bola sobe e vai para fora. Pelé põe a mão na cabeça. A defesa inglesa passa a mão na cabeça de Banks. Gerson e Tostão se olham sem expressão.

- Que que é isso torcida brasileira. Quase, quase o Brasil chega lá!! Banks salva a Inglaterra!!! Que defesa!!

Até hoje a defesa de Banks é considerada uma das 10 melhores de todas as Copas.

O Brasil cresce na partida mas a Inglaterra responde. Cruzamento da direita e Lee acerta um chute, Felix faz grande defesa no meio do gol mas solta a bola e agarra novamente quando cai no chão. Lee corre em sua direção e acerta a chuteira nos braços do goleiro. A partida é interrompida. Carlos Alberto e Brito cercam Lee. Felix estendido no chão é atentido pelo massagista.

- Foi de propósito! O Félix já tinha agarrado a bola. O Lee chutou o Félix! Será que o juiz não viu?!!! Ahhhhh!! Ai esta senhoras e senhores, Cartãaaaaaaaaao Amarelo!!! Cartão amarelo para Lee!!!! O primeiro cartão da partida!!!

Minutos depois Lee domina a bola na intermediária e Carlos Alberto lhe aplica um calço lhe derrubando. Os ingleses avançam sobre Carlos Alberto. O juiz conversa com Carlos Alberto mas não mostra o cartão. Pelé fala com a defesa brasileira e pede calma.

- Termina o primeiro tempo!! Que coisa ficamos no 0x0 torcida brasileira. O Brasil vai voltar e nós vamos ganhar!!!

A Inglaterra está em campo, os jogadores sentados no chão e se perguntam onde está o Brasil? Com cinco minutos de atraso o time entra em campo.

Decidido o Brasil começa a buscar o ataque e começa a dominar o meio de campo com Paulo Cesar jogando mais recuado.

O resultado da mudança vem rápido aos 14 minutos do segundo tempo. Clodoaldo domina a bola no meio de campo e rola para Rivelino. Rivelino dá um toque na bola que chega até Paulo Cesar que avança pela intermediaria esquerda. Tostão se aproxima e recebe, devolve para Paulo Cesar que devolve para Tostão. Tostão retem a bola e respira fundo. Lance genial começa a se descrever. Tostão ginga para a esquerda e leva a bola, de costas para o gol, para o bico da área grande, passa o pé sobre a bola e neste movimento passa por três marcadores ingleses. Domina a bola e girando o corpo cruza a bola sobre a área que cai milimétricamente, exatamente nos pés de Pelé. Pele olha para o goleiro mas passa a bola sem olhar, para a direita. A bola desliza sofisticamente pelo gramado e vai de encontro ao bico de chuteira afoito e atormentado de Jairzinho. A bola explode no fundo da rede do gol defendido por Banks. O estádio explode em alegria. Golaço!! Golaço!!!

-GOOOOOOOOOOOOOOOL!!! GOLAÇO!!!!!!!!!GOLAÇO!!!! JAIRZINHO!!!PASSE MAGISTRAL DE TOSTÃO, PASSE MAGISTRAL DE PELÉ…JAIRZINHO!! JAIRZINHO!!! BRASIL UM, INGLATERRA ZERO!!!

Jairzinho corre em direção a torcida Pelé e Tostão correm para alcança-lo.

Depois do gol Zagalo tira Tostão e coloca o centro avante Roberto. Brasil e Inglaterra continuam a jogar táticamente. A Inglaterra impregna uma pressão o Brasil rechaça e realiza jogadas de contra ataque. Joga-se um futebol de alto nível. O Brasil não se acomoda e a Inglaterra não se entrega.

Mas...

- O tempo paaaaassa torcida brasileira!!! Estamos nos últimos minutos desta tarde ensolarada em que o Brasil vem ganhando de 1x0 da Inglaterra. Acabou!!!! Apita o árbitro. Encerra-se o espetáculo!!! Fecham-se as cortinas!!! O Brasil ganhou!!!Estamos a um passo das Oitavas de Final!!!

Pelé e Bobby Moore se abraçam e trocam camisas. Zagalo na beira do gramado sorri ao se lembrar do triplo 7 do dia em que estava vivendo sua segunda vitória rumo ao Tri.

Gerson meio que desconsolado sentando no banco sonha em voltar a jogar. Agora com a classificação praticamente garantida jogariam mais tranquilos contra a Romênia

FICHA TÉCNICA:

Brasil 1 x 0 Inglaterra
Local: Estádio Jalisco (Guadalajara, México)
Árbitro: Abraham Klein (Israel)
Gol: Jairzinho 14 do 2º tempo.
BRASIL: Félix; Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo; Clodoaldo, Rivelino, Paulo César; Jairzinho, Tostão (Roberto), Pelé.
INGLATERRA: Banks; Wright, Moore, Labone, Cooper; Mullery, Bobby Charlton (Bell), Ball, Peters; Lee (Astle), Hurst.

Wednesday, August 8, 2007

“Ao vivo e à cores para todo o Brasil.”

BRASIL X TCHECOSLOVÁQUIA

Dia 03 de junho de 1970. Cidade de Guadalajara, México. O time de camisetas amarelas, shorts azuis e meias brancas está espalhado pelo lado esquerdo do campo; o time vestido de branco está pela direita. O silêncio paira sobre o enorme estádio de Jalisco, se extende sobre as montanhas mexicanas, passa pela América Central e se expande por todo o Brasil.

Brasil! Brasil! Brasil! Aquietam-se os batuques. Diante das pequenas telas de Tvs colorida milhares em casas, nas ruas e em botecos assistem o árbitro apitar.

"Abrem-se as cortinas! Começa o espetáculo! Tostão passa para Ele, Ele vira o corpo protege a bola e toca de primeira para Clodoaldo. Desliza a pelota sobre o manto verde do Estádio de Jalisco em Guadalajara."

Começava o sonho brasileiro. A marcha para o Tri, para a conquista em definitivo da taça Jules Rimet.

Os tchecos fazem faltas.

- "Falta!!! Que é que é isso minha gente!!! Querem tirar Ele do campo!!!"

Rivelino recebe de Gerson e cai pela extrema esquerda, rápido chega à linha de fundo, vira seu corpo e cruza rasteiro. A bola passa à meio metro de Tostão dentro da área pequena. Pelé, mais à direita, tenta um carrinho e a bola bate na ponta de seu pé e sobe para fora.

- "Prá fora! Prá fora! Prá fora!! "

- "Que que é isso minha gente!! Quase, quase o Brasil chega lá!"

Aos 12 minutos a Tchecoslováquia aproveita uma falha da zaga brasileira e numa jogada veloz, Petras invade a área pelo lado esquerdo vence Brito na corrida e chuta forte à meia altura ao lado direito do goleiro Felix. O primeiro gol da partida é da Tchecoslováquia.

- "Que é que é isso minha gente!!! Gol! Gol! Gol da Tchecoslováquia!! Gol de Petras!!!Petras!!!"

Os jogadores da Tchecoslováquia se ajoelham na beira do gramado, Petras faz o sinal da cruz, os jogadores se beijam no rosto. O goleiro Felix grita com Brito enquanto pega a bola no fundo da rede. Brito não escuta e Gerson gesticula pedindo calma.
Passaram-se 12 minutos. O Brasil está no ataque. Pelé domina a bola pela direita e avança em direção à meia lua da área adversária, tenta driblar e é derrubado. Falta!

- "Falta!! Falta na intermediária!! Vai Brasi, empata esta partidal!!! Falta nEle, querem tirar Ele de campo prezado telespectador!!!!"

Pelé ajeita a bola e toma distância. A falta é de frente pro gol e o goleiro ordena a barreira com oito jogadores. Pelé se afasta e se prepara para chutar e o juiz autoriza a cobrança. Ele dá um passo prá frente mas é Rivelino à sua direita que corre em direção a bola e desfere um chute violento. A bomba se instala à baixa altura no lado direito do gol, o goleiro Viktor salta mas não consegue defender.

- "GOL!!!!GOL!!!GOLAÇO!!!GOLAÇO!!! O BRASIL EMPATA!! RIVELINO, RIVELINO, A PATADA ATÔMICA, O MENINO DO PARQUE!!!! GOLAÇO!!! GOLAÇO!!!"

Já no segundo tempo o Brasil começa a desenhar a goleada. Aos 15 minutos Jairzinho pela direita faz lançamento perfeito para Pelé dentro da grande área. Ele salta, mata a bola no peito e gira o corpo se livrando do marcador. Deixa a bola picar uma vez no gramado e desfere chute certeiro no canto esquerdo do gol enquanto o goleiro Viktor vinha em sua direção.

- "GOLAÇO!!! GOLAÇO!! Pelé!Pelé!Pelé!!! GOLAÇO!!!GOLAÇO!!!"

Pelé corre em direção à arquibancada e salta dando um soco no ar.
Empolgado, três minutos depois, o Brasil faz mais um gol. Desta vez uma obra prima e um dos gols mais bonitos de todas as Copas do Mundo. Do meio campo Gerson faz um lançamento longo e alto da bola; Jairzinho corre em sua direção, vence dois marcadores e amortiza-a em seu peito deixando-a picar no chão. O goleiro está à dois passos dele, Jairzinho dá um toque sutil na bola e aplica um chapéu no goleiro; estica seu corpo no ar e chuta a bola para dentro do gol vazio. 3X1. O locutor perde a voz e afônico grita:

-"Olha lá! Olha lá, no placar!! Brasil!! Brasil!!!Golaço!! Golaço!!!Jairrrrrrrrrrrrrrzinho!!!!"

No final da partida, aos 38 minutos, o Brasil ainda amplia o marcador com outro belo gol. Novamente Jairzinho em velocidade segue pela direita sobre dois marcadores , balança o corpo faz que vai pra direita e volta pra esquerda; a marcação se abre, ele volta para a direita e de fora da área desfere um chute forte e rasteiro sem chances de defesa. 4x1. Desta vez Jairzinho se ajoelha e faz o sinal da cruz. Tostão e Pelé o abraçam.

Foi um belo espetáculo e um excelente começo de Copa para um time que entrou em campo debaixo de suspeitas de fracasso. O Brasil sai de campo aliviado, Zagalo sorri , os jogadores sorriem, mas todos estão atentos para o viria a seguir; a poderosa Inglaterra, a então detentora do título de campeã do mundo. (Continua no próximo post)

PS: Ficha Técnica da partida.

Brasil x Tchecoslováquia

Juiz: Ramom Barreto(Uruguai)
BRASIL: Felix. Carlos Alberto. Brito. Wilson Piazza e Everaldo. Clodoaldo e Gerson (Paulo Cesar), Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino.
TCHECOSLOVÁQUIA: Viktor. Dobias. Horvath. Migas. Hagara. Kuna. Hardlicka (Kvasnak). Fratisek Vesely (Bohumil Vesely). Petras. Adamec e Jokl.

Monday, July 30, 2007

SELEÇÃO BRASILEIRA DE 1970 – A MELHOR SELEÇÃO QUE O MUNDO JÁ VIU JOGAR–PARTE 01


Hoje, após 37 anos da conquista do Tricampeonato da Copa do Mundo, da detenção definitiva da Taça Jules Rimet, pela seleção do Brasil; é emocionante lembrar de todas as partidas que o Brasil teve naquela competição. Lembrar dos lindos gols que foram feitos na sua grande maioria com maestria e arte pelos maiores e maior numero de craques que o mundo já teve reunidos numa só seleção, representando apenas um país, o sorridente e abençoado Brasil.

Naquele ano, 1970 a Tv colorida era a grande novidade nas casas de classe média no Brasil. Tudo estava facilitado nas lojas pra que se vendessem as Tvs e pudesse se ver o amarelo da camisa do escrete canarinho na tela colorida. Era o homem na Lua e Pelé na Terra. Pelé e mais dez seria uma idéia errada deste escrete. Um escrete que nasceu da mistura de jogadores de duas equipes em grande momento naquela época. O Santos e o Botafogo do Rio de Janeiro. O técnico era o João Saldanha. O time titular que Saldanha montara era Felix (Fluminense) ,Carlos Alberto (Santos), Djalma Dias (Santos), Joel (Santos) Rildo (Botafogo), Wilson Piazza (Cruzeiro), Gerson (Botafogo), Jairzinho (Botafogo), Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Edu (Santos).

Todo mundo conhecia este time como as Feras do Saldanha. Era um arraso. Nas eliminatórias passeávamos, com resultados expressivos.

Brasil 2 x Colombia 0,

Brasil 5 x Venezuela 0
Brasil 3 x Paraguai 1

Brasil 6 x Colombia 2
Brasil 6 x Venezuela 0
Brasil 1 x Paraguai 0

Em seis partidas a seleção do Brasil marcara 23 e sofrera 3 gols, alcançando uma media de 3,7 gols por partida, dando mostras da excelëncia da equipe. O artilheiro nesta fase foi Tostão com 10 gols, seguido por Pelé com 6 , Jairzinho com 3, e Edu com 2 e Rivelino (Corinthians) com 1. O gol restante foi contra.

Esta sensacional classificação foi importante para recuperar o prestígio e a confiança no time brasileiro que vinha de uma péssima campanha na Copa de 1966 na Inglaterra, onde foi eliminada na primeira fase do torneio.

Mas mesmo com tanto sucesso e vitórias, as pressões contra João Saldanha eram grandes. O fato que mais transparece como o correto para a sua demissão é que o presidente Médici, que na verdade exercicia o cargo de ditador do país, naquela época, pediu ao técnico que convocase o atacante Dario (Atlético Mineiro) que ele tanto estimava.

Mas Saldanha disse a clássica frase que lhe custou o cargo : “O presidente cuida do ministério e eu cuido da seleção.

Trocou-se o Saldanha pelo Zagalo, naquela época jovem e menos falante do que como nas Copa de 94 e 98. Zagalo convocou o Dario e fez alterações na equipe base que Saldanha montara mas que não mudou a sua substância. A mudança mais importante no ponto de vista tático foi tirar Edu, um ponta esquerda ofensivo e driblador por Rivelino, um meia esquerda ofensivo que sabia fechar o meio de campo quando precisava e era um excelente cobrador de faltas.

Promoveu Brito para ser titular na zaga e para introduzir o jovem talentoso Clodoaldo no meio de campo, recuou Piazza para fazer a dupla de zaga, tirando assim em definitivo a dupla de zaga santista da seleção.

A seleção jogava dentro do esquema 4-2-4 (impressionamente para os dias de hoje), com pequenas variações decorrentes durante a partida para 4-3-3. E isto ficou mantido.

Houve muita polêmica nesta época. Os jornais falavam de um suposto corte de Pelé. Que Pelé não poderia jogar porque estava míope. Outros falavam em problemas pessoais de Edu e Jairzinho. O mundo dava voltas, as expectativas aumentavam e o mês de maio de 1970 chegava no Brasil com marchinhas futebolísticas tocando nas rádios:

Noventa milhões em ação/prá frente Brasil/Salve a seleção//De repente é aquela/ corrente pra frente/parece que todo o Brasil deu a mão/Todos unidos num só coração...Todos juntos vamos...prá frente Brasil , Brasil....”


E a seleção embarcou num avião branco e imenso para o México. Eram os goleiros Felix (Fluminense). Ado (Corinthians) e Leão (Palmeiras), laterais direitos: Carlos Alberto (Fluminense) e Zé Maria (Portuguesa Desportos), zagueiros: Brito (Flamengo). Wilson Piazza (Cruzeiro) e Baldochi (Palmeiras), laterais esquerdos: Everaldo (Gremio) e Marco Antonio (Fluminense), meio de campo : Fontana (Cruzeiro) , Joel Camargo (Santos). Clodoaldo (Santos). Gerson (São Paulo) e atacantes: Jairzinho (Botafogo). Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos), Edu (Santos). Dario (Atletico Mineiro), Paulo Cesar (Botafogo), Roberto (Botafogo) e Rivelino (Corinthians).


Acenavam os jogadores a torcida que urrava e as faixas enquanto as bandeiras se agitavam. Havia uma euforia gigantesca no ar que se espalhava por todo o país. Nas ruas haviam muitas bandeiras do Brasil enfeitando as vitrines das lojas. As flâmulas da seleção nos carros, nas portas de casas, todos estavam de fato ligados numa só emoção. Era um fato. Parece que todos sabiam que com aquele time o Brasil iria ganhar.

A Copa do Mundo seria nossa.


PS. "Este post continua na próxima semana."


Monday, July 23, 2007

DAVID BECKHAM - A Anatomia Pífea de Um Astro ou A Anatomia de um Astro Pífeo.


O celebrado jogador David Beckham acabou de fazer neste ultimo dia 21 de julho (sábado) sua estréia na Liga de Futebol dos Estados Unidos a MLS (Major League of Soccer) pelo Galaxy de Los Angeles, Califórnia.

O imenso aparato publicitário montando em torno deste evento chega a assombrar o amante do esporte bretão.

O que paira sobre as cabeças são várias perguntas, uma delas é se Beckher joga toda esta bola pra tanta festa em torno da sua figura.

Se de fato ele é o semideus como está sendo tratado e bajulado pela mídia local.

O fato é que o sucesso comercial “Beckham” nada tem a ver com sua performance como jogador de futebol. É curioso notar este fato, porem é de dificil compreensão.

Foi surpreendente ver uma emissora com o gabarito da ESPN entrar neste esquema totalmente alienado para transmitir a partida amistosa entre o Chelsea da Inglaterra e o Galaxy na qual Beckham estrearia.

Já que o jogador contundido passou maior parte do jogo sentando no banco de reservas, a emissora partiu para uma cobertura social do evento. Na tela da Tv você assistia dois, três e até quatro quadros de imagem. Em um quadro voce via a imagem do governador da Califórnia com sua esposa, a esposa de Beckham e celebridades do cinema tomando champanhe e dando suas impressões sobre Beckham, na outra flashes da torcida, na outra imagens do jogo (ah estava tendo um jogo!) e na outra a camara exclusiva em Beckham, isto mesmo, uma camara mostrando o Beckham sentando no banco, suas reações, suas expressões por todo o tempo. Bem, não é fácil ser estrela.

Cena beirando ao patético.

A bola vai para fora e em direção a Beckham sentado no banco. Ele se levanta e chuta a bola, a retornando ao campo. A imagem se torna unica na tela. O locator esbraveja: - Beckham tocou na bola pela primeira vez como jogador do Galaxy.

Repetem a cena repetidamente e em camara lenta.

Acho que alguem na emissora estava pra lá, bem pra lá de Marrakesh.

Quando ele entrou em campo estenderam um tapete vermelho.

Mas afinal, quem é Beckham? Um craque? Um gênio da raça? Um fenômeno?

Dá para comparar a importância de Beckham ao futebol a craques como Pelé e Maradona? De forma alguma. Nem de longe teve a majestade destes craques.

Daria para se comparar seu futebol a jogadores como Zico, Beckenbauer, Ronaldo e Rivaldo, por exemplo? Nem pela qualidade de seu futebol, nem pelas conquistas que alcançou no esporte.

Beckham foi o garoto prodígio do futebol inglês, brilhou e conquistou titulos pelo Manchester United quando iniciou a jogar em 1991. Como meia direita atacante, se tornou célebre por seus passes de longa distância e cobranças de faltas. Ganhou titulos nacionais e internacionais com seu clube. Transiferido em 2003 para o Real Madri de onde saiu este ano participando de duas importantes conquistas do clube espanhol.

Beckham surgiu numa época em que a Inglaterra ressentia, como ressente ainda, em voltar a ser uma potência mundial no futebol. De ter um craque como Bobby Chalton, o herói da conquista da Copa de 1966.

Mas o fato é que ele não conquistou nada de expressivo com a seleção inglêsa e ainda mais, durante a Copa de 1998 em que os holofotes estavam todos voltados a sua pessoa como o melhor jogador do mundo, na partida decisiva e eliminatória contra a Argentina ele teve péssima atuação e ainda foi expulso por uma atitude infantil de revide a uma provocação verbal de um jogador argentino, quando a partida estava empatada e sendo dominada pela Inglaterra.

Na Copa de 2002 resgatando sua imagem com a mídia e lançamento de um filme com seu nome, jogou contra o Brasil talvez a melhor partida da Inglaterra nas últimas copas. Mas perderam para a categoria do Brasil com Ronaldinho, Ronaldo e Rivaldo, e foram desclassificados.

Não se pode dizer que Beckham seja um péssimo jogador. Nem de longe é isto. É um bom jogador. Habilidoso e que sabe dar um bom trato na bola. Mas não é o melhor dos melhores. Não é craque. Porém teve a sorte de brilhar aos olhos do mundo através da publicidade, com seu jeito de manequim, da esposa estrela da musica pop (ex-Spice Girls).

Dentro deste lixo consumista onde a imprensa noticia com mais destaque suas tatuagens e seus cortes de cabelos do que seus gols. Que gols? Ainda mantenho acessa a esperança, mesmo que vã, de que o futebol masculino brilhe e se firme nas terras do tio Sam.

Sonhar com que Beckham seja como um Zico no Japão seria uma temeridade.

Cabe notar que aqui já tivemos o Cosmos dos anos 70 com Pelé e Beckenbauer. A primeira tentativa de se trazer o futebol prá este lado do planeta. Ainda, nos anos 90 outros clubes da pequena MLS trouxeram o italiano Donadoni (Red Bulls), o alemão Lothar Matthaus e o frances Djorkaeff (Metro Stars). Não deram um bom resultado.

E não esqueçamos também do Valderama no Miami Fusion na década passada.

Acho que o caminho das pedras para o futebol nos Estados Unidos está no crescimento do segmento hispânico em sua população.

A cada ano que passa mais e mais se joga futebol nas escolas básicas dos Estados Unidos.

A cada ano que passa mais campos de futebol estão sendo construidos.

Acabou-se de se criar a Liga Intermediária da MLS , um tipo de segunda divisão. E assim, aos poucos, se jogando ali, se jogando aqui. O esporte sem duvida vai crescer no país como um fato cultural.

Mas não graças a um evento de mídia.

O evento, o vento levou.

Tuesday, July 17, 2007

ENFIM ABANDONAMOS O TANGO E DEIXAMOS O SAMBA ROLAR


Esta ultima Copa América foi sem dúvida uma das mais fracas em qualidade técnica apresentada pela maioria das equipes participantes. Mas foi a que teve uma das primeiras partidas mais decepcionante, uma das partidas da semi-final mais emocionante e uma partida da final mais surpreendente na história recente deste torneio. Sendo que o protaganista nestas tres partidas foi, nada mais nem nada menos que o nosso Brasil. O aclamado pentacampeão do mundo.

Do Brasil, já se sabia e já se esperava que ia nos dar grandes sustos desde a convocação feita pelo inexperiente técnico Dunga que não contando com Ronaldinho e Kaká para a competição chamou para compor o grupo, jogadores dos quais entre eles apenas dois, Juan e Gilberto Silva haviam participado da ultima Copa do Mundo do ano passado e tendo em Robinho a confiança depositada de um futebol de qualidade. Muito pouco pra um time com a nossa tradição. Mas assim fomos. Um time com Doni, Daniel Alves, Vagner Love e outros jogadores, poucos conhecidos pela torcida, envergando a verde e amarela.

No primeiro jogo, para nós que moramos na Flórida e acompanhamos futebol sabemos que o México há decada deixou de ser um time bobo. Tem jogadores habilidosos, gosta de jogar no ataque e passou a ter bons arqueiros. Sendo ainda a maior desvantagem do time o fato de seus jogadores serem pequenos em relação a maioria dos times das Américas e da Europa. Nós sabiamos que o jogo não ia ser fácil pra um time como o nosso , inexperiente e pouco entrosado. Mas perder de 2x0 e jogar sem esboço de uma reação? Foi deveras decepcionante a nossa estréia nesta Copa América. Naquele ponto, estava dificílimo antever que estaríamos na final.

Depois passamos pelo Chile apresentando certa melhora na marcação. Doni também fez duas grandes defesas e passou mais confiança para o torcedor. O nosso meio de campo sofria com a ausencia de um jogador que levasse o time ao ataque e com a própria indefinição do técnico em quem escalar neste setor. O Vagner Love ( detestável como o locutor hispanico da TV Telefutura exagera no Loooooooooove, quando se refere ao jogador) jogava isolado e o Robinho inspirado fazia os gols.

A verdade é que ganhamos de times fracos jogando mal, e quando voltamos a jogar com o Chile na Quarta de Final acredito que foi quando o time se afinou e se encontrou. O Brasil fez uma apresentação tranquila mas com um padrão de jogo notadamente superior aos outros jogos da competição. Havia mais sintonia entre os jogadores, as jogadas se repetiam sistematicamente e o passe de bola era rápido e com objetividade e sempre para frente.

Os gols sairam e fomos jogar contra o Uruguai onde começamos a jogar da mesma forma como contra o Chile e o primeiro gol saiu rápido. Dominávamos e envolvíamos o Uruguai nos primeiros quinze minutos. Criamos ao menos tres oportunidades de gol. Já cheirava uma nova goleada. Mas ai veio o apagão do Chaves, que com raiva do Lula, acho, mandou apagar a luz do estádio. Quando o jogo recomeçou vinte minutos depois o Uruguai tinha mudado totalmente a postura do seu meio campo defensivo e o Brasil, oras o Brasil tinha esfriado e dormido na idéia dos quinze minutos que tinha jogando antes do apagão. E foi então que passamos a confiar mesmo no arqueiro Doni, pois o arqueiro fez grandes defesas e impediu que o Uruguai virasse o jogo já no primeiro tempo.

O fato foi que empataram, e nós desempatamos e caspite!!! Não soubemos nem segurar o resultado e nem segurar a pressão e a habilidade do atacante uruguaio Furlan. Mesmo assim, ganhávamos e num momento em que tudo parecia até ser mais possível sair mais um gol do Brasil foi o Uruguai que empatou e o Dunga então errou promovendo duas modificações simultaneas no time. Tirando Vagner Love e Julio Batista e colocando Afonso e Fernando. E no banco Elano, Diego e Adriano se entreolhavam.

Fomos para a decisão por penaltis e sabe-se lá o que seria de nós se o Lugano não tivesse chutado no meio do gol e se o juiz tivesse mandado repetir a cobrança do penalti, pois o nosso goleiro pulou adiantado. Mas ninguem, notadamente, fez muito por isto. O fato foi que estávamos na final.

No dia seguinte já sabiamos que ia ser contra a Argentina. Na outra partida de semi-final, o México jogou um bom primeiro tempo contra a Argentina. Perdeu duas chances claras de gol. Dominou a Argentina por meia hora ao menos. Neutralizou o seu ataque. Ensinou o caminho das pedras pro Dunga. Só que sem o vigor fisico que a Argentina tem e sem o toque de classe de um Riquelme que deu um passe magistral para o primeiro gol da Argentina, num momento estratégico, aos 44 minutos do primeiro tempo.

A Argentina voltou ao segundo apenas para assinar a fatura e despachar o México para disputa do terceiro lugar. Fez um sonoro 3x0.

A Argentina, então, veio a final desta Copa América consagrada, festejada pela mídia e por sua torcida. Estava inflamada num verdadeiro Samba com muita alegria e confete. O Brasil por sua vez, veio entre tapas e tropeços, meio que capengando, com certa fibra apesar de algumas interrogações. Chegamos a final com ares trágico de um Tango.

Mas como entender? Foi só dar-se o apito inicial da partida que o Brasil voltou a se apoderar do Samba e devolveu o trágico Tango aos gauchos Argentinos. Foram apenas quatro minutos e um átimo de segundo inspirado de Julio Batista que dominou a bola no lado esquerdo da grande área, protegeu-a do zagueiro a sua frente, girou seu corpo como num samba confundindo a marcação e desferiu um chute perfeito quando completou a volta e a bola atingiu o lado direito do gol deixando o goleiro argentino sem condições de defesa. O gol. O lindo gol que nos recolocou no lugar certo da história, mesmo que com letras tortas de um time torto mas que ontem (domingo dia 16 de julho) escreveu certo.

Escreveu tão certo que tudo deu certo para o Brasil depois do primeiro gol. Teve gol contra a nosso favor, bola na nossa trave que não entrou. Teve muita raça e marcação. Teve mais um gol no segundo tempo. Os argentinos, como diria o Silvio Luiz, entregaram a rapadura.

O Brasil mais uma vez fez os bares de Buenos Aires fecharem mais cedo.

Fez muito Argentino ir pra casa aborrecido.

É, futebol tem destas coisas. Um dia a gente ganha, outro dia a gente perde.

Ganhar da Argentina tem um sabor especial pra nós brasileiros. Perder, nem se fala.

Ganhamos. Foi na hora certa, no momento certo.

Este time esta longe de ter o padrão técnico desejado como no time da Copa de 2006, que incrivelmente não correspondeu e em nenhum momento jogou com o impeto da seleção de desconhecidos que ontem decerto mudaram esta condição. Parabéns a todos, parabéns, pronto aderi, Vagner Looooooooooove!!